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O YOGA E O MODO ZEN



Quando dizes a alguém que praticas yoga, é frequente perceberes que, de alguma forma, podes não corresponder a uma imagem pré-concebida, que foi sendo criada, daquilo que é suposto parecer ou ser enquanto praticante. A ideia geral é que quem faz yoga são pessoas «zen», super calmas e flexíveis, com voz suave, que se vestem de uma certa forma, que são vegetarianas e que dizem e fazem coisas esotéricas. Vês-te colocada dentro deste modelo, que mais parece uma receita, em que juntamos um conjunto de ingredientes para criar um ser especial e iluminado, que leva a vida a caminhar de nenúfar em nenúfar.


Para praticar yoga, só precisas de uma coisa: vontade! Tudo o resto é um cenário (exterior) com o qual não tens de te identificar. O grande acontecimento, o verdadeiro espetáculo, acontece dentro de ti.


O yoga aponta para a liberdade total e absoluta de seres quem já és, na realidade, e para expressares e manifestares quem és, em toda a tua plenitude. Livre de amarras, de limites ou de «formatos» onde se deves encaixar. Tudo isso, não passam de prisões. Se alguém te diz como te deves vestir, comer, pensar ou agir, desconfia! Isso, claramente, não é yoga.


É claro que a prática de yoga te traz mais flexibilidade (física e mental!), que acalma a tua mente e te faz repensar todo o teu estilo de vida, mas também é verdade que, muitas vezes, o yoga é disruptivo, fazendo-te agitar as águas da tua vida e romper com padrões que não te servem, porque isso é tudo o que precisamos em certos momentos das nossas vidas. Não é suposto que entres num caminho de libertação para depois te veres aprisionada ou pressionada a estar sempre em modo «zen», ou a agir de forma que não reflete o que sentes. O teu mundo tem a sua medida, não te falsifiques para caber no modelo de mundo de alguém. Liberta-te e sê real. Sê tal e qual quem és!

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